Está página serve para integrar a subseção "5.1.1 A Indução", que formam a seção "5.1 INSTIGANDO OS ALUNOS À PRODUÇÃO" do capítulo "5 O PENSAMENTO CIENTÍFICO", do artigo intitulado "FORMAS DE PENSAR EM CIÊNCIAS: POSSIBILIDADES PARA A DISCIPLINA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA".
Assim, aqui, logo abaixo, estão publicadas as produções dos estudantes do 7º anos, feitas no ano de 2023.
São textos inéditos, feitos individualmente, com base nas aulas teóricas, apresentadas pelo artigo acima citado.
Desta forma, as produções textuais aqui apresentadas são a externalização, feita por parte dos estudantes, a repeito de tudo aquilo que eles apreenderam a respeito das Formas de Pensar, das formas lógico-científicas estudadas em sala de aula!
Como poderá ser visto abaixo, e, desde já, para as outras formas de pensar, os alunos construíram, cada um deles, o seu próprio conceito de indução, bem como, elaboraram um exemplo próprio. Para tanto, os alunos valeram-se de seus Chromebooks e publicaram suas pequenas produções textuais no Spaces, do Gmail. Deste modo, ficava quase que garantida a impossibilidade de cópias e plágios, visto que todos tinham acesso ao que ia sendo publicado, no chat; eles mesmos reivindicavam a autoria de determinada ideia, ficando, aquele que copiou, obrigado e refazer seu texto.
Produção 1:
O raciocínio indutivo é o processo inverso do dedutivo, parte do específico para o geral, embora também não produza novos conhecimentos, a indução procura induzir o conhecimento já existente a uma validação através de uma experimentação, ainda que seja mental.
Exemplo:
1 Um cachorro observado, sobrevive pelo instinto,
2 em sequência, se observa que os cães e os lobos sobrevivem usando o instinto.
3 Então, todos os canídeos sobrevivem pelo instinto.
(Adriano Bastos Oliveira Rosa, 9º Ano, Turma 91, 15 anos)
Produção 2:
O raciocínio indutivo é aquele que se utiliza de fatos específicos para tentar provar uma conclusão geral. É, basicamente, um método que se utiliza de verdades conhecidas até o momento para criar uma geral que sirva para diversas situações.
1 A vítima possuía uma aliança em seu dedo; ela estava em um relacionamento
2 Ela foi esfaqueada 29 vezes no peitoral; o motivo do assassinato era pessoal
3 os cortes em seu peitoral, o formato, indica que a arma do crime foi uma faca de serra, comum em cozinhas
4 As pegadas no chão indicam que o assassino era um homem adulto
5 A vítima possui hematomas em seu corpo, indicando sinais de luta contra o assassino
6 A vizinha da vítima relatou ter visto o marido dela saindo de sua casa, o mesmo tinha “líquido” vermelho em suas vestes
7 Letícia, irmã da vítima relatou que a irmã estava sendo infiel a seu marido. Além de dizer que praticamente toda a vizinhança já sabia
8 A mãe do marido de Stephane, relata que seu filho chegou apreensivo em casa, com as roupas sujas, e que, rapidamente, colocou as mesmas no lixo
Conclusão: o motivo da morte de Stephane Ferreira da Silva foi o da vingança. O assassino foi o seu marido, que havia descoberto a traição. Então, em um momento de raiva e fúria ele pegou uma faca de cozinha e a esfaqueou. Desesperado, ele foi até a casa de sua mãe, tentar se livrar das provas.
(Dandara Teixeira da Silva Lopes, 9º Ano, turma 91, 15 anos).*
* Note-se que o pensamento indutivo da aluna já encaminha quase que um caso policial, ao estilo Sherlock Holmes. Adiante ficará claro que as formas de pensar, na disciplina de Iniciação Científica, renderam produções textuais bastantes interessantes, e, por assim dizer, com bastante rigor científico. Perceba-se, também, que a indução dela não tem somente três asserções, mas, ainda assim, guarda esse único fator primo (o “3”); nove são as asserções (“3 x 3 = 9”), guardando, portanto, a mesma lógica.
Produção 3:
A indução é o raciocínio que, após considerar um número suficiente de casos particulares, conclui uma verdade geral. A indução, é aquele que se utiliza de fatos específicos para tentar provar uma conclusão geral.
Exemplo:
Eu preciso de oxigênio para viver.
Eu sou um seres humano todos.
Todos os seres humanos precisam respirar, de oxigênio para viver.
(Hiago dos Santos Ribeiro, 9ª Ano, Turma 91, 15 anos)
Produção 4:
O método indutivo ou simplesmente indução, é um tipo de argumento utilizado em diversas áreas do conhecimento. Esse método tem por intuito o de chegar a uma conclusão. O método indutivo tem como ponto de partida a observação para, daí, elaborar conclusões e até possíveis teorias.
Exemplo:
Os metais em condições normais, em sua forma rígida, conduzem eletricidade.
O mercúrio, apesar de ser líquido, é um metal e também conduz eletricidade.
TODOS os metais, independentemente de seu estado, conduzem eletricidade.
(Herby Lors, 9º Ano, Turma 91, 17 anos)
Produção 5:
A indução de fatos se chega a uma conclusão. Reafirmar a verdade de alguns elementos, e, com base nisso, subir a um novo entendimento generalizante: isso é a indução.
Exemplo:
Enfiar o dedo uma vez na tomada dá choque,
Enfiar de novo o dedo na tomada dá um novo choque.
Todas as vezes em que você enfiar o dedo na tomada levará um choque (insistir em um erro, já constatado, sempre, todas as vezes, resultará em um erro).
(Maiarah Eduarda de Matos Pocai, 9ª Ano, Turma 91, 16 anos)
Uma conclusão sumarizante para esta seção do texto é a seguinte: como se pode ver, os estudantes entenderam as particularidades do raciocínio indutivo.
Ao final, na conclusão geral, serão destacados alguns elementos pontuais de algumas das induções acima listadas.
Passe-se à próxima forma de pensar.
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