FORMAS DE PENSAR EM CIÊNCIAS: DIALÉTICA!

 5.1.4.1 Produções dos Alunos sobre Dialética


Abaixo são apresentados algumas das produções a respeito de raciocínio dialético:


Produção 1:


A dialética é uma forma de pensamento que consiste em argumentar através da análise de pontos de vista opostos, buscando chegar a uma verdade mais elevada, baseada no que há de melhor em ambos os pontos opostos. 

Exemplo:

Os senhores feudais sempre recebiam impostos e alimento dos camponeses.

Já os camponeses tinham que pagar os impostos com sua própria comida, pois os feudos eram colônias de alimentos. Mas, eles ficavam com quase nada, só tinham comida para subsistir.

Assim, a partir de várias discussões nas comunidades, houve uma mudança na forma como a cobrança era feita.

(Herby Lors, 7º Ano, Turma 91, 17 anos)


Produção 2:


Conceito : A dialética tem sua origem na Grécia antiga e significa o "caminho entre as ideias".  É desenvolvida a partir de  duas ideias , que após as duas ideias  serem discutidas elas formam outra ideia .

 

Exemplo 3:


A mulher pega seu marido no flagra, chegando em casa de madrugada, e diz: “chegando em casa a uma hora dessas, e com uma garrafa vazia! Bebeu ela toda e está completamente bêbado”?!

Ao que o marido responde: “Não, amor, eu não estou tão bêbado assim, pois eu não bebi a garrafa toda! Claudia bebeu comigo! 

 Então, a mulher grita: “Então, além de bêbado, ter ficado na rua até tarde na rua, você estava bebendo com outra mulher?”

(Milene Matos de Souza, 9º Ano, Turma 91, 14 anos)


Produção 4:


A dialética tem sua origem na Grécia antiga e significa o “caminho entre as ideias”. Consiste em um método de busca pelo conhecimento baseado na arte do diálogo. É desenvolvida a partir de ideias e conceitos distintos e que tendem a convergir para um conhecimento seguro.

A dialética envolve sempre: 

- Ideia inicial: uma pergunta, a Tese

- Uma nova ideia: uma resposta, a Antítese

- a Junção das duas ideias: uma conclusão, a Síntese

Exemplo: 

Temos duas personagens, uma delas apoia o aborto; a outra, não.

Seus nomes são Amanda e Stella, em sua discussão as duas vão tentar conseguir uma nova opção que seja aceitável para ambas as partes.

Amanda inicia o diálogo, com sua ideia de que o aborto deveria ser legalizado sim, para vítimas de abuso sexual não terem a dor de gerar um filho de seu abusador.

Stella, responde com a ideia de que, a vida formada não tem culpa de ser sido gerada dessa maneira. E completa dizendo que matar uma vida é crime, e, por isso, o aborto não deve ser legalizado.

Amanda responde confiante, dizendo que realmente a vida não tinha culpa de ser gerada, porém há muitos outros motivos para aderir à legalização do aborto. Como por exemplo, sendo o caso de a vítima ser uma criança/ adolescente, que não está nem preparada física e mentalmente para ter um filho.

Stella concorda com Amanda, mas afirma que, por mais que casos assim venham a acontecer, são raros, sendo assim, não é um bom motivo usar tal argumento para legalizar um ato tão cruel.

Amanda interrompe Stella dizendo que, não, não são casos raros, e que mesmo que fossem daria sim para usar tal argumento, já que, por exemplo, ninguém proíbe o tratamento do câncer por ele ser uma doença rara, e, acrescenta: que se a a,iga pesquisasse um pouco, veria que a porcentagem de gravidez precoce está maior, a cada ano que se passa.

Stella diz que, realmente faz sentido o que Amanda está sustentando, porém, em sua opinião, precisaria de ainda mais motivos para realizar a legalização do aborto. 

Amanda responde que, talvez ambas poderiam achar uma opção que fosse confortável para as mesmas.

Stella concorda, mas questiona qual opção seria essa.

Amanda responde que talvez o aborto poderia ser legal para casos específicos, como gravidez de menor por abuso sexual.

Stella concorda e acha uma ótima ideia.

No final a discussão levou a ideia de permitir, sim, o aborto, mas, apenas em casos muito específicos, sendo eles, casos que colocam em risco a vida da própria grávida, sendo ela um ser que ainda não tem um corpo desenvolvido gestar um filho.

(Dandara Teixeira da Silva Lopes, 9º Ano, Turma 91, 15 anos)


Produção 5:


Dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que levam a outras ideias, tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos.

Exemplo:

Tese: o grão de trigo nega a espiga.

Antítese: a farinha nega os grãos de trigo.

Síntese: o pão nega a farinha de trigo.

(Felipe Ximendes Macedo Duarte, 9º Ano, Turma 91, 15 anos)


Produção 6:


A dialética é uma forma lógica de pensar, que procura eliminar as falácias, e identificar hipóteses verdeiras e torná-las hipóteses verdadeiras e viáveis de serem aplicadas.

Exemplo: 

Duas pessoas são gêmeas.

Nascidas da mesma placenta. Gêmeas univitelinas.

Ao mesmo tempo em que elas têm características iguais, idênticas, uma nega a outra, formando um ser humano único e singular.

(MAIARAH EDUARDA DE MATOS POCAI, 9º Ano, Turma 91, 15 anos)


Produção 7:


A dialética é uma troca de informações em constante movimento e resulta num complexo entendimento de algo que sempre muda e nunca fica estático.

Exemplo:

Tese: A semente de cacau nega o cacaueiro.

Antítese: O doce refinado nega a semente de cacau.

Síntese: O chocolate nega o refinamento do doce.

(Joao Vitor Silva Bandeira, 9º Ano, Turma 91, 15 anos)


Produção 8:


O pensamento dialético guarda um conjunto de conceitos distintos, que tendem a convergir, descartar o que está errado e preservar o que está certo, para, assim, criar um conhecimento novo, melhor e seguro. Faz isso a partir de distintos modos, como o diálogo e a discussão honesta para, assim, surgir em direção à verdade.

Exemplos: 

O petróleo nega o dinossauro. 

O refino nega o petróleo.

A gasolina nega o refino.

(Adriano Bastos Oliveira Rosa, 9º Ano, Turma 91, 15 Anos)


Produção 9:


O Método dialético fornece as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Os fatos não podem ser entendidos quando considerados isoladamente. Para se entender os fatos sociais deve-se considerar todas as influências possíveis (políticas, econômicas, culturais, etc.)

Exemplo:

O pintinho nega o ovo.

O franguinho nega o pintinho.

O galo nega o franguinho.

(MAIARAH EDUARDA DE MATOS POCAI, 9º Ano, Turma 91, 15 anos)


Como se pode ver, os conceitos de dialética trouxeram mais texto, pois, trata-se de uma lógica que requer o confronto entre pontos de vista distintos e que se negam o tempo todo. Nos inúmeros casos acima aduzidos, fica claro que os estudantes entenderam o que é um raciocínio dialético.

A seguir, as produções a respeito da última forma de pensar abordada por este texto, a falácia.



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